Saturday, May 30, 2015

Consultoria, assessoria ou assistência?

A consultoria se distingue da assessoria quando ela é externa, ou seja a consultoria vem de fora da organização, enquanto a assessoria é uma extensão da própria organização, a primeira é útil para desenvolver e a segunda para realizar. Numa escala de autonomia, a assistência está no nível mais baixo, o assistente em geral faz o que pedem para fazer e tem pouca autonomia, decisões críticas são tomadas antes da atuação dele. Por vezes o assessor e o assistente tem responsabilidades parecidas.

Já o consultor levanta aspectos que visam modificar o comportamento da organização. Somente um profissional externo pode fazer isto, pois eventualmente vai tocar em pontos sensíveis e desconfortáveis, vai propor o rompimento com rotinas e vícios da organização. Santo de casa não faz milagre, é muito difícil um colaborador interno propor mudanças estruturais, existem vaidades, disputas de poder e competições internas que vão se opor à mudança vinda de um colega interno. Considerando a mentalidade hierárquica das empresa, as propostas de um subalterno são raramente bem acolhidas ou consideradas.

Tudo isso para dizer que estou a sua disposição para consultorias, diagnósticos organizacionais, planejamento e elaboração de projetos. Consultoria não custa mais caro do que assistência, um bom assistente tem seu preço, por outro lado, uma rotina desatualizada pode ter um custo ainda mais alto.

Contate-me sem compromisso.
artistaramalho@gmail.com
Um forte abraço,
Ricardo Ramalho

Tuesday, May 26, 2015

Video Mercado de Fotografia - Parte 1

Novo video com RR sobre o mercado de fotografia de arte contemporânea.
4 minutos.
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O artista problemático


O xarope
Quantos artistas problemáticos você conhece? Não são tão frequentes como se pode imaginar, os artistas carregam o rótulo do gênio louco injustamente, são poucos o que se enquadram mesmo nesta categoria. Entre a genialidade e a loucura, no meio de tantos artistas interessantes e agradáveis sempre tem uns 5% de artistas problemáticos. Como são eles? Instáveis, injuriados, inseguros, arrogantes, defensivos, indecisos, ou simplesmente chatos. Alguns tem distúrbios psicológicos reais. O mundo não costuma premiar quem não consegue dialogar de forma produtiva, e o grau de êxito está ligado á qualidade do diálogo que se consegue estabelecer com os diversos atores do circuito.

Não é fácil ser artista, é uma condição permanente de se afirmar como artista, de defender seu trabalho perante o olhar severo dos "entendidos". Existe estresse nas transações conflitantes e incoerentes do meio. O sistema de arte é muito competitivo, os artistas querem brilhar mais do que os 300 outros artistas que estão a sua volta. Existe uma difícil equação para ser resolvida entre o bom senso e a ambição. Se houver muita ambição, faltará bom senso. Já o excesso de bom senso pode levar a uma situação de acomodação.

No mainstream da arte contemporânea os artistas são em geral bem adestrados nos relacionamentos: o mercado não tem muita paciência com deslizes de comportamento. Alguns chegam a atingir o mainstream, mas se tornam decadentes com o tempo e retornam a marginalidade. A decadência se revela nos chiliques, na ansiedade por vender, nas estratégias equivocadas de criação, no discurso do "artista oprimido", o artista que se julga a frente de seu tempo, ou incompreendido, na saliência constrangedora, no trato social. Uma coisa é ser um artista preciso, outra é ser maçante.

A liberdade do artista, se é que ela existe, está dentro de sua obra, e não no seu comportamento. Todo ser humano é condicionado pela ética e a cultura local. O artista-mala pode até ser bem reconhecido e brilhar, mas se não fosse mala brilharia ainda mais. Todo comportamento inadequado, seja em que meio for, terá um custo. Estive lendo que a sociopatia atinge 5% da população, o que corresponde aquela estimativa inicial de 5% de artistas complicados. O artista sociopata que não se cuida e não cuida do entorno vai pagar uma conta significativa no seu percurso. Seja interessante e torne interessante seus relacionamentos, pense no longo prazo, pense na sua aposentadoria.

Ricardo Ramalho