Wednesday, March 13, 2013

Consultoria de arte tem desafios próprios


Não apenas os clientes tem seus desafios para resolver, o consultor de arte também.

Caos: o meio artístico prima pela informalidade, em todas as instâncias. São galerias de arte de gestão familiar (podem ter 10, 20 ou 30 funcionários, a gestão ainda é familiar, no pior sentido), museus fechados em si mesmos (querem o público leigo, mas não querem o especializado), empresas cheias de caprichos, artistas mal representados, colecionadores sem atendimento, obras mal conservadas, técnicos desvalorizados, proprietários centralizadores, alta rotatividade, estagnação das empresas culturais, muita pose e pouco resultado... olha... a coisa está complicada. Há muito trabalho para ser feito.

Ja repararam que as galerias brasileiras não tem filiais? Por que não? Porque o negócio é personalista e centralizado nas mãos do dono. Não há como crescer por que o dono não é dois. Não existe formação de equipe, treinamento, carreira... Gerência? As galerias tem diretores, um cargo elevado, mas não tem gerência. Entre o diretor deslumbrado e a secretária impotente não tem ninguém no meio de campo. Os coordenadores de logística e coordenadores de divulgação na verdade são secretárias também, o titulo é fictício, não apitam nada e dançam conforme a música. Rembrandt vendia quadros de outros artistas no atelier dele, tinha uma pequena sala expositiva: pouca coisa mudou desde o século XVII.

Alias, logística ninguém sabe o que é. Acham que logística é chamar um caminhão e entregar um quadro. Logística exige organização de todos os aspectos operacionais, rastreamento, acesso e disponibilização da informação, conservação de mercadorias, instalação e fluxo de atividades.

Somente pessoas muito inteligentes e talentosas vão contratar um Consultor de Arte.
:)
Sucesso!
Ricardo Ramalho